
Em uma reunião tensa da Assembleia Geral das Nações Unidas, os Estados Unidos reiteraram suas preocupações sobre o programa nuclear do Irã, ameaçando adotar medidas mais rigorosas caso o país não retome as negociações para um novo acordo nuclear. O Secretário de Estado dos EUA enfatizou que as atividades nucleares do Irã representam um risco significativo para a segurança regional e global.
Durante seu discurso, o secretário destacou a importância de um novo pacto que substitua o antigo Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), do qual os EUA se retiraram em 2018. Ele pediu ao Irã que interrompa imediatamente o enriquecimento de urânio e retome as discussões diplomáticas, alertando que a paciência da comunidade internacional está se esgotando.
Os EUA também mencionaram a possibilidade de reimposição de sanções severas se o Irã continuar com suas atividades nucleares consideradas provocativas. “A escalada das tensões não é uma opção viável”, declarou o secretário, ressaltando que a diplomacia é o caminho preferido, mas que medidas decisivas serão tomadas se necessário.
Por sua vez, representantes do Irã defenderam seu programa nuclear como essencial para seu desenvolvimento energético e afirmaram estar abertos ao diálogo, mas condicionaram as negociações ao levantamento das sanções econômicas impostas pelos EUA e seus aliados. O governo iraniano argumenta que suas atividades nucleares são pacíficas e dentro dos limites do direito internacional.
A reunião na ONU refletiu a crescente tensão entre os dois países e a preocupação da comunidade internacional com a possibilidade de um conflito armado na região. Diversos países europeus, que ainda apoiam o JCPOA, expressaram sua preocupação com a escalada das hostilidades e tentaram mediar um caminho para retomar as negociações.
À medida que os desdobramentos continuam, o mundo observa atentamente se as partes conseguirão encontrar um terreno comum e evitar um cenário mais conflituoso. O futuro das relações entre os EUA e o Irã e a estabilidade no Oriente Médio dependem da disposição de ambas as partes para dialogar e buscar soluções pacíficas.
FONTE: Tribuna do Norte.