
Com a aproximação da Conferência das Partes (COP30) em 2025, que será realizada em Belém, no Pará, a cidade enfrenta um aumento significativo nos preços dos aluguéis, gerando preocupações entre moradores e visitantes. A expectativa de um grande fluxo de pessoas durante o evento, incluindo delegados, ativistas e turistas, tem impulsionado os valores de hospedagem de maneira alarmante.
Os aluguéis em Belém, que já apresentavam um custo elevado em comparação com outras cidades da região Norte, dispararam nos últimos meses. Imóveis que antes eram alugados por preços acessíveis agora estão sendo oferecidos a valores exorbitantes. Em alguns casos, o aumento chega a mais de 100% em relação ao preço praticado antes do anúncio da COP30.
O aumento dos preços dos aluguéis em Belém em decorrência da COP30 é alarmante e pode ser exemplificado por alguns valores que refletem essa escalada. Com algumas opções chegando a R$ 2 milhões por 15 dias de evento. A procura tem sido intensa, com 87% dos alojamentos já indisponíveis para o período. É possível encontrar casas e apartamentos, com preços variando de R$ 20 mil a R$ 300 mil, dependendo do tamanho e do tipo de acomodação
Esse fenômeno não se limita apenas a imóveis para aluguel temporário ou curto prazo; muitos proprietários estão reajustando os valores de contratos de longo prazo na expectativa de lucrar com o evento. Essa especulação imobiliária tem gerado uma onda de indignação entre os moradores locais, que se veem pressionados a deixar suas residências ou pagar preços que não conseguem arcar.
A escalada nos preços dos aluguéis não afeta apenas aqueles que buscam hospedagem durante a COP30, mas também impacta diretamente a população local. Muitas famílias estão enfrentando dificuldades para manter seus lares devido ao aumento inesperado nos custos. A crise habitacional já é uma realidade em várias regiões do Brasil, e a situação em Belém pode agravar ainda mais esse cenário.
Além disso, comerciantes e prestadores de serviços locais também podem ser afetados. Com menos residentes permanentes na cidade devido aos altos aluguéis, há o risco de uma diminuição na demanda por produtos e serviços essenciais.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que as autoridades locais tomem medidas para regular o mercado imobiliário durante o período da COP30.
Algumas ações possíveis podem incluir Implementar regulamentações que limitem os aumentos abusivos nos preços dos aluguéis durante o evento. Estimular plataformas de hospedagem colaborativa ou programas que ofereçam moradia temporária para visitantes. Desenvolver políticas públicas que garantam suporte financeiro ou subsídios para famílias afetadas pelo aumento dos aluguéis.
A realização da COP30 em Belém representa uma oportunidade significativa para a cidade se destacar no cenário internacional. No entanto, o aumento absurdo dos aluguéis pode transformar esse momento em um desafio para os moradores locais e visitantes. É essencial que todos os envolvidos – governo, sociedade civil e setor privado – trabalhem juntos para garantir que essa conferência não apenas promova discussões importantes sobre mudanças climáticas, mas também respeite e proteja os direitos e necessidades da população belenense.
FONTES: Belém Negócios / UOL