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A calvície feminina, embora menos discutida do que a masculina, é uma condição que afeta muitas mulheres em diferentes fases da vida. Também conhecida como alopecia androgenética, é caracterizada pela perda de cabelo em padrões que podem variar de mulher para mulher. Ao contrário dos homens, que geralmente apresentam uma recessão na linha capilar e calvície no topo da cabeça, as mulheres tendem a experimentar um afinamento difuso do cabelo ao longo da parte superior da cabeça.
As causas da calvície feminina podem ser multifatoriais e incluem:
Genética: A predisposição genética é um dos fatores mais comuns associados à calvície feminina. Se houver histórico familiar de perda de cabelo, as chances aumentam.
Hormônios: Alterações hormonais, como as que ocorrem durante a menopausa ou devido a problemas na tireoide, podem contribuir para a queda de cabelo.
Estresse: O estresse emocional ou físico pode desencadear episódios temporários de queda de cabelo.
Alimentação: Uma dieta pobre em nutrientes essenciais pode afetar a saúde do cabelo e contribuir para sua queda.
Condições Médicas: Algumas condições médicas, como anemia ferropriva ou doenças autoimunes, podem levar à perda de cabelo.
A alopecia também pode estar frequentemente ligada a questões, como irregularidade menstrual, acne e até mesmo ao aumento de pelos no corpo. A dermatologista chefe do Ambulatório de Tricologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh), Ludmila Corral, explica que a alopecia androgenética começa a aparecer entre os 20 e 30 anos ou após a menopausa.
A calvície feminina pode ter um impacto significativo na autoestima e na saúde mental das mulheres. Muitas relatam sentimentos de insegurança e ansiedade em relação à sua aparência. A sociedade ainda mantém estigmas em relação à perda de cabelo feminino, o que pode agravar esses sentimentos.
O diagnóstico precoce é crucial para evitar uma queda capilar mais acentuada, especialmente em casos de alopecia cicatricial, em que o cabelo não volta a crescer. Por isso, a busca por ajuda profissional é essencial. O dermatologista é o único profissional capaz de identificar a causa da queda e orientar sobre o melhor tratamento.
Felizmente, existem várias opções disponíveis para as mulheres que enfrentam a calvície:
Medicamentos: O minoxidil é um medicamento aprovado para o tratamento da alopecia androgenética em mulheres. Ele ajuda a estimular o crescimento capilar e pode ser eficaz quando usado regularmente.
Suplementos Nutricionais: Suplementos com biotina, zinco e outros nutrientes podem ajudar a melhorar a saúde capilar.
Terapias Estéticas: Procedimentos como microagulhamento e terapia com luz LED têm ganhado popularidade como formas de estimular o crescimento do cabelo.
Transplante Capilar: Para algumas mulheres, o transplante capilar pode ser uma opção viável. Este procedimento envolve mover folículos capilares saudáveis para áreas afetadas pela calvície.
Perucas e Acessórios: Muitas mulheres optam por usar perucas ou acessórios para lidar com a perda de cabelo, ajudando a restaurar sua confiança.
Além disso, o SUS é um ponto de partida para quem não tem acesso a outros serviços, garantindo a possibilidade de tratamento e suporte contínuo para resultados melhores a longo prazo.
A calvície feminina é uma condição real que afeta muitas mulheres em todo o mundo. A conscientização sobre suas causas e tratamentos disponíveis está crescendo, permitindo que mais mulheres busquem ajuda e apoio. É fundamental que as mulheres se sintam empoderadas para conversar sobre suas experiências e explorar opções que melhorem sua qualidade de vida e autoestima.