Os paratletas potiguares, que levaram as bandeiras do Brasil e do RN ao pódio nos Jogos Paralímpicos de Paris, receberam nesta quarta-feira (11) uma justa homenagem do governo estadual. Arthur Silva, medalhista de ouro na categoria até 90 kg da classe J1 do judô; Thalita Simplício, medalhista de prata nos 400 m T11 do paratletismo; e Maria Clara Augusto, medalhista de bronze nos 400 m T47, na mesma modalidade, foram recebidos pela governadora Fátima Bezerra.
A governadora celebrou, além do feito dos potiguares, a conquista de toda a delegação brasileira, que voltou ao país comemorando o recorde de 25 medalhas de ouro, superando as 22 conquistadas na Paralimpíada de Tóquio 2020.
“O Brasil bateu recordes este ano em Paris, especialmente no número de atletas medalhados, e o RN fez parte dessa façanha. Dos 14 atletas potiguares que integraram a delegação, seis deles, para nosso orgulho e alegria, foram medalhados. Portanto, hoje estamos aqui, em nome do povo potiguar, para expressar nosso abraço de alegria”, destacou Fátima Bezerra.
Em Paris, na 17ª edição dos Jogos Paralímpicos, o Brasil alcançou o 5º lugar no quadro geral de medalhas. Ao todo, os brasileiros conquistaram 89 medalhas, superando o recorde anterior de 72 medalhas, obtido nos Jogos realizados no Japão e no Rio, em 2016.
Além dos atletas homenageados, Cecília Araújo conquistou a medalha de prata na natação, na prova dos 50 metros livre da classe S8. O judô potiguar ainda rendeu mais uma medalha, com Rosicleide Andrade garantindo o bronze. No goalball, Romário Marques completou o pódio potiguar com o bronze, representando a seleção brasileira.
Arthur Silva, atual líder do ranking mundial no judô, confirmou seu favoritismo e se tornou campeão paralímpico. Ele afirmou que ainda está se acostumando com a recepção após o título. “Muita gente assistiu às lutas e comemorou a vitória. A população potiguar está, com certeza, em festa agora, depois desse resultado maravilhoso que não é só meu, mas também dos outros potiguares medalhistas”, disse o judoca.
Aos dois anos de idade, o campeão paralímpico começou a perder a visão por conta de retinose pigmentar, ficando cego aos 18 anos. Morando e treinando em Natal, ele planeja um período de descanso de 30 dias antes de retomar os treinos, com o objetivo de defender o título nos Jogos de Los Angeles, em 2028. “Vou treinar mais do que nunca, criar novas estratégias de luta, porque sou o atleta a ser batido”, comentou.
Thalita Simplício, apesar de ter conquistado a prata nos 400 m T11, ainda busca o ouro, a única medalha que falta em seu currículo. E promete voltar mais forte nos Jogos dos Estados Unidos.