Surfe: Gabriel Medina faz história nas Olimpíadas de Paris (Jerome BROUILLET/AFP)
O surfista brasileiro Gabriel Medina entrou nesta segunda-feira, 29, nas águas de Teahupo’o, na ilha do Taiti, por uma vaga nas quartas de final no surfe das Olimpíadas de Paris de 2024. O craque do Brasil concorreu contra o japonês Kanoa Igarashi, para quem perdeu a medalha na semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Em clima de “revanche”, Medina chegou a Teahupo’o disposto a conquistar a vaga que perdeu nas últimas Olimpíadas para Igarashi. Em 2020, Gabriel fechou a bateria com a soma de 16.77 pontos (8.33 e 8.44) disputando uma vaga nas semifinais. Nos minutos finais, Igarashi conquistou uma nota história de 9.33 com um aéreo e fechou a disputa com 17.00 pontos. Medina contestou os juízes pela nota elevada do adversário. “Comparando minhas melhores ondas e as duas melhores dele, eu venci a bateria. Mas, é difícil falar”, disse ele em entrevista no Japão.
Além da marca histórica, a foto de Medina no momento da conquista, também encheu os olhos do público e causou comoção.
Medina é uma das principais apostas de ouro para o Brasil. O atleta é tricampeão mundial de surf da ASP World Tour (2014, 2018 e 2021), aparece em primeiro lugar no mundo e se consagrou como o primeiro brasileiro a vencer um mundial do esporte. Ainda que tenha alcançado o feito, Medina nunca venceu uma medalha olímpica. Em Tóquio, o ouro ficou com o brasileiro Ítalo Ferreira, que ficou de fora da competição deste ano, em Paris, por uma lesão.
A segunda-feira foi promissora para a prática do esporte, com ondas de até sete metros. O mar de Teahupo’o tem o apelido de “quebrador de crânios” e é reconhecido como um dos mais perigosos do mundo.
Com inormações Exame