A Fundação Cultural Capitania das Artes, órgão que realiza os festejos da Prefeitura do Natal, tem um acúmulo de dívidas que ultrapassa os 27 milhões de reais.
Um produtor cultural que tem livre acesso ao órgão garantiu que a Funcarte deve os cachês dos artistas que participaram do Natal em Natal e do Carnaval. A gritaria é grande por parte de músicos, dirigentes de escolas de samba, tribos de índios e donos de empresas que fornecem palco e som.
Por conta disso, a realização do São João é incerta por parte da Funcarte. Não há dinheiro para nada.
A solução, apontada por alguns assessores do prefeito, é realizar os festejos juninos pela Secretaria de Turismo.
Para isso está sendo negociada uma verba federal, através de emendas parlamentares, que viria das cotas do deputado federal Paulinho Freire e do senador Rogério Marinho.
Quem não está gostando da ideia é o presidente da Funcarte, Dácio Galvão, que se sente desprestigiado agora.
Aliás, a cabeça de Dácio já foi colocada numa bandeja de prata e servida como iguaria pré-campanha ao grupo do deputado federal (e pré-candidato apoiado pelo prefeito) Paulinho Freire.
Dácio ainda não dançou a “valsa das cadeiras” porque não encontraram ainda um substituto que tope enfrentar a dívida estupenda da Funcarte e a gritaria dos artistas que virá logo em seguida.
Tal é o caos da Funcarte que nem sequer foi publicado o decreto que autoriza a captação de recursos para projetos incentivados pela Lei Djalma Maranhão.
O Fundo de Cultura do Município, tão sonhado por Dácio, agora é uma mera utopia. A Funcarte está literalmente com os cofres vazios. E a dívida da entidade só cresce.
O humorista Mafaldo Pinto gravou um vídeo para suas redes sociais, em frente a Funcarte, cobrando explicações para o atraso no pagamento dos cachês do Natal em Natal. Recebeu como resposta a seguinte informação: “sem previsão”.
Fotos: Reprodução.
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